Polícia Civil do DF investiga grupo suspeito de extorquir dinheiro de autoridades que acessavam pornografia
28/12/2023
Investigação aponta que suspeitos chegaram a receber transferências de até R$ 20 mil. Quatro pessoas foram presas em São Paulo e na Bahia. PCDF mira grupo suspeito de extorquir dinheiro de autoridades
PCDF/Reprodução
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (28), uma operação que mira um grupo suspeito de praticar o crime de extorsão de dinheiro contra pessoas que pagavam para acessar grupos de compartilhamento de pornografia.
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De acordo com as investigações, os principais alvos do grupo eram funcionários públicos que atuam em cargos importantes no Distrito Federal, além de seus parentes. Governadores e secretários estaduais também foram vítimas.
Segundo a corporação, a organização vendia um "pacote" com material pornográfico, inclusive infantil, e zoofilia. Ao fazerem a compra, os alvos do grupo deixavam registrados os dados bancários, que eram usados nas ameaças.
A Polícia Civil aponta que os suspeitos chegaram a receber transferências de até R$ 20 mil. Cinco vítimas foram localizadas até o momento. As identidades das pessoas que caíram no golpe não foram reveladas.
Quatro pessoas foram presas e uma está foragida. Os agentes também cumprem cinco mandados de busca e apreensão em Pirituba (SP), São Paulo, Feira de Santana e Salvador, ambas na Bahia.
Esquema
Segundo as investigações, o grupo identificava a vítima e buscava dados sobre ela em bases de informações sigilosas de polícias estaduais.
Em seguida, durante as conversas com esses alvos, os suspeitos exigiam várias transferências de PIX para que as vítimas fossem deixadas em paz.
A Polícia Civil aponta que os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, extorsão e invasão de dispositivo informático.
As pessoas que procuraram a polícia para denunciar a extorsão também vão ser investigadas. Caso tenham baixado ou compartilhado material pornográfico, elas podem responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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