Homem é preso na BA em operação contra grupo suspeito de extorquir dinheiro de pessoas que acessavam pornografia na internet
28/12/2023
Prisão ocorreu em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 quilômetros de Salvador. Outra pessoa investigada é considerada foragida no estado. Homem é preso na BA em operação contra grupo suspeito de extorquir dinheiro de autoridades
Um homem foi preso nesta quinta-feira (28) em Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador, durante uma operação policial contra um grupo suspeito de extorquir autoridades, servidores públicos e outras pessoas, que pagavam para acessar grupos de compartilhamento de material pornográfico pela internet. Outra pessoa investigada é considerada foragida no estado.
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Intitulada de Cyber Shield, a operação foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal e conta com apoio das polícias civis de São Paulo e da Bahia, além do Ministério da Justiça.
Ao todo, 10 mandados são cumpridos – cinco de prisões temporárias e cinco de mandados de busca e apreensão – em Pirituba (SP), São Paulo, Feira de Santana e Salvador. Além da prisão na Bahia, outras três pessoas foram detidas durante o cumprimento dos mandados, em São Paulo.
Adolescente é apreendido com material pornográfico infantojuvenil em operação das polícias da Bahia e Minas
De acordo com as investigações, os principais alvos do grupo eram funcionários públicos que atuam em cargos importantes no Distrito Federal, além de seus parentes. Governadores e secretários estaduais também foram vítimas. Os nomes não foram divulgados, mas alguns deles, segundo a polícia, chegaram a fazer transferências de até R$ 20 mil.
Homem é preso na BA em operação contra grupo suspeito de extorquir dinheiro de autoridades que acessavam pornografia
Divulgação/PCDF
O delegado Eduardo Fabro, que atua em Brasília, detalhou como o grupo agia. [Assista ao vídeo na abertura da matéria]
➡️ Os autores atraíam as vítimas por meio do Telegram vendendo pacotes ou supostos pacotes de conteúdo adulto;
➡️ O comprador do pacote deixava registrados seus dados bancários;
➡️ Os suspeitos usavam data brokers – empresas que coletam informações pessoais sobre consumidores e as vendem para profissionais de marketing e outros negócios – e assim tinham acesso aos dados pessoais das vítimas;
➡️ Os criminosos passavam, assim, a ameaçar divulgar os dados na internet se não houvesse o pagamento de determinada quantia;
➡️ O "pacote" vendido pelos suspeitos contava com material pornográfico, inclusive infantil, e zoofilia.
Delegado Eduardo Fabro detalha como grupo criminoso agia na internet
Divulgação/PCDF
Esquema
As investigações apontam que o grupo identificava a vítima e buscava dados sobre ela, com base em informações sigilosas de sistemas de polícias estaduais. Em seguida, durante as conversas com esses alvos, os suspeitos exigiam transferências via PIX.
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A Polícia Civil aponta que os suspeitos podem responder por crimes de organização criminosa, extorsão e invasão de dispositivo informático.
As pessoas que procuraram a polícia para denunciar a extorsão também vão ser investigadas. Caso tenham baixado ou compartilhado material pornográfico, elas podem responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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